segunda-feira, 26 de julho de 2010

A delícia e o terror - consumismo


No filme "Delírios de consumo de Becky Bloom" a personagem vive na roda viva do consumo desenfreado, perseguida por uma criatura demoníaca: o cobrador (uma figura horrível que cobra uma dívida dela - mais de U$ 9,000). Becky é uma jovem linda e sonhadora, com ótimos amigos, que se apaixonou pelo encanto das lojas e a mágica dos cartões de crédito ainda criança, talvez por isso nunca se deu conta de que eles vem acompanhados de uma fatura recheada de juros absurdos.

No desenrolar da história ela tenta uma vaga na revista de moda de seus sonhos, pois é jornalista e trabalha em uma revista de pouca circulação dirigida a jardinagem. A vaga pretendida fora preenchida internamente, então tenta uma vaga na revista sobre finanças.

Foi uma entrevista conturbada, com o rapaz que fora incomodado por ela mais cedo, quando tentava comprar uma linda echarpe verde. Não foi selecionada, claro. Em casa, com sua amiga, começou a "fechar o caixa" – calcular o quanto deve: mais de U$ 16,000. Tomaram muita tequila, as duas, e bêbada resolveu escrever uma carta para cada uma das duas revistas pretendidas naquele dia – uma desaforada para a de finanças e outra incrível para a de moda. É claro que foram trocadas, ela estava bêbada. Resultado, foi contratada por aquela que trata do que ela menos entende, finanças.

O monstruoso cobrador continuava a segui-la.

Ela ganhou notoriedade e projetou a revista.

E o cobrador atrás dela.

Ela foi a um grupo de apoio a "shopaholics" (viciados em compras), congelou seu cartão de crédito num bloco de gelo, assistiu a um vídeo de auto-ajuda, mas nada adiantou, continuou a comprar.

Ela sentia, ao comprar, que o mundo ficava melhor, que ela ficava melhor, mais feliz.

O cobrador a encontrou, durante uma entrevista que ela dava, em rede nacional, sobre sua coluna na revista. Tudo do que fugira foi revelado ao vivo e sua credibilidade caiu por terra. Ah, mas ela estava tão deslumbrante na TV em sua roupa nova que foi convidada a trabalhar na revista de moda que tanto queria, mas recusou.

A vida é feita de escolhas. Quando Becky escolhia ceder aos seus impulsos consumistas trilhava um caminho fadado ao fracasso. Ao recusar mergulhar de vez no templo do consumo, rejeitando o emprego na revista de moda, ela mudou seu destino.

No final do filme ela resiste aos apelos de uma vitrine e desfila diante de outras, radiante e feliz, enquanto é aplaudida pelos manequins. Nesse momento ela descobriu outro grande prazer, o da superação e satisfação pessoal.

Viver em paz, sem dívidas, é muito difícil. O crédito é fácil e amplo e as novidades saltam aos olhos. Congelar cartões e deixá-los em casa não é solução. Consciência, controle e força de vontade, isso sim resolve.

Se você, como eu e a Becky, gasta mais do que pode pagar, reconheça-se como uma pessoa que precisa de uma mudança, peça ajuda e conselhos ("aquele que recusar orientação sofrerá pobreza e vergonha" – Provérbios 13:18). Seja persistente.

Mais uma coisa, leia sobre finanças, saiba o que os experts pensam sobre dinheiro e lembre-se do que o Rei Salomão disse, em Provérbios 13:18:  se você não buscar conselho não terá prosperidade e sentirá vergonha da sua vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário