As crianças da escola, juventude revelada na energia para correr, brincar, correm à padaria ou à lojinha da esquina para comprarem seus lanches, balinhas ou chicletes. Elas, antes de partirem para suas casas, lançam ao chão as embalagens de tudo que consumiram.
“Da minha janela vejo a praça, que fica repleta de moradores, alguns passeiam com seus cães, que, inadvertidamente, lançam seus dejetos ao chão, mas que de pronto são recolhidos por seu dono e levados à lixeira. Um policial que observa a tudo e gentilmente ajuda uma senhora a atravessar a rua – mas que também adverte um visitante sobre o papel que jogou ao chão. As crianças, na saída da escola, brincam sobre a grama limpa e bem aparada, jogam capoeira, correm para a padaria e para a lojinha da esquina, compram suas delícias e guardam os papéis e embalagens em suas mochilas, para que possam, ao final da brincadeira, antes de irem embora, depositar tudo na lixeira mais próxima – se bem que algumas acabam mesmo levando pra casa e lá jogam fora.”
Infelizmente a realidade é triste e suja. Porém, chegar ao meu ideal seria possível. A figura do policial intimidaria os mais porcos, as crianças poderiam sair de suas aulas já conscientizadas por seus professores (que sempre dariam o exemplo). O Estado veicularia na mídia propagandas com cidadãos conscientes jogando o lixo no lugar certo, exibindo uma cidade limpa onde coco de cachorro não seria deixado no chão.
Educador, oriente seus alunos, não uma vez apenas, mas todos os dias, afinal as crianças vêem diariamente o lixo sendo lançado ao chão.
Cidadão, constranja o porcalhão.
Porcalhão, tenha vergonha na cara, respeite os outros, não jogue o lixo no chão, guarde-o consigo até que encontre o lugar adequado para jogá-lo e, por favor, recolha os dejetos de seu animal.
Estado, faça alguma coisa, o Brasil merece ser como os países de primeiro mundo também na apresentação de suas vias e praças.
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